terça-feira, 18 de agosto de 2009

A escassez de água


A escassez de água na Terra é um assunto que vem ganhando cada vez mais destaque em pesquisas, grupos de debate e na mídia. O último relatório do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas) colocou o tema em foco e desviou um pouco as atenções que estavam todas voltadas para as emissões de carbono na atmosfera responsáveis pelo agravamento do efeito estufa e do aquecimento global. Apesar de agora estar em evidência, a questão da falta de recursos hídricos não é uma ameaça futura. "Já enfrentamos o problema da escassez e do mau uso, com doenças e sérios comprometimentos sócio-econômicos", afirma o biólogo e pesquisador da UFF Marcelo Bernardes. "Até mesmo em países com grande disponibilidade de recursos hídricos há sérios problemas de escassez", alerta a engenheira Heloisa Firmo. A maior parte da água no planeta é salgada: 97,5%. Os 2,5% do total que são constituídos água doce e podem parecer pouco, mas seriam suficientes para a população humana, se bem utilizados. No entanto, algumas regiões que um dia já tiveram água em abundância e de qualidade hoje vivem a baixa oferta do recurso, comprometido por um crescimento populacional elevado no último século e uma demanda exponencial desprovida de uso racional – conforme explica Bernardes, acrescentando que se pode relacionar as causas de uma escassez não apenas à intensificação da demanda gerada pelo intenso crescimento mas principalmente ao mau uso, que inclui consumo em excesso e o descarte impróprio da água não tratada."O problema da oferta de água é que ela é muito mal distribuída no planeta, ou seja, onde há muita disponibilidade, há poucos habitantes, e nas grandes cidades, onde há maior concentração populacional, a água está tão poluída que é caro demais recuperá-la. Há regiões onde a escassez se dá por razões de clima e morfologia do solo, que não retém a umidade", explica Heloisa, que aponta outra dificuldade particularmente associada aos recursos hídricos. "O mau uso da água está diretamente relacionado ao mau uso da terra. Hoje podemos ver regiões em processo de desertificação relacionada ao desmatamento excessivo; elevados índices de mortalidade vinculados ao lançamento de efluentes domésticos; escassez devido ao excesso na captação ou desvio de água entre bacias, entre outros", afirma o biólogo.É preciso atenção ainda ao fato de que a humanidade já vem lançando mão da água presente nos lençóis subterrâneos – que representa 29,9% do total de água doce do planeta, sendo que 68,9% estão nas calotas e geleiras, 0,3% nos rios e lagos e 0,9% em outros reservatórios – e essa utilização traz alguns riscos. "Os aqüíferos subterrâneos são mais protegidos, portanto, é mais difícil serem contaminados. Por outro lado, uma vez contaminados, é muito mais difícil tratar suas águas. Eles são reservas estratégicas de água para um futuro não muito distante", diz Heloisa, lembrando que iniciativas já estão sendo tomadas em direção à resolução de problemas relacionados a essa questão. "Há um esforço conjunto feito pelo Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina para o estudo, coleta de informações e adoção de medidas de preservação e uso sustentável do aqüífero Guarani, maior reserva de água doce da América do Sul e cujas águas cobrem mais de 1 milhão de km2, sendo 80% dele no Brasil".Para a água ser utilizada da melhor maneira, seu aproveitamento deve ser projetado de forma integrada, atendendo ao maior número e tipo de usuários possível – explica Heloisa, lembrando que a prioridade no Brasil é melhorar as condições de saneamento. A pesquisadora aponta iniciativas mais fáceis e práticas, que todos podem tomar: a diminuição do desperdício, a não-utilização de mangueiras como "vassouras hidráulicas" para a lavagem de calçadas; evitar banhos demorados, lavagem excessiva de roupas, fechar a torneira enquanto se escova os dentes. "É importante também a educação quanto ao respeito ao meio ambiente no sentido de não se jogar detritos nem lixo nos nossos rios, já tão deteriorados".


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3 comentários:

Diego Reis disse...

Ao ler esse texto uma frase me passou pela cabeça: Nada é para sempre. Dai veio a pergunta, será que é correto afirmar que nada é para sempre? -Não sei, pelo menos o ser humano não é para sempre. Tenho uma teoria; creio que nada é para sempre, mais dependendo do cuidado, dura muito mais tempo. O egoismo e a ambição do ser humano vem crescendo cada vez mais. Logo não conseguimos trabalhar juntos com um objetivo de ajudar a todos, porque sempre vai haver o pensamento de que um merece mais que o outro. Será que vai ser necessário que todos passem por situações dificeis para percebemos que somo iguais? Vamos esperar a água acabar para que seja tomada providências? Muitos vão culpar o governo por algo que todos estão fazendo, não digo só em relação ao disperdicio não, tem também a questão da comodidade do ser humano que deixa tudo pra resolver depois, sabem da possibilidade de isso acontecer, mas imaginão que não vai acontecer.
Vamos continuar assim, passando o dia sentado em frente a nossa televisão, não ligando nem um pouco para as questões serias do mundo e deixando a vida nos levar, pois todos estejam cientes, se não começarmos a lutar agora; vamos sofrer serias condequências depois.
Diego Reis
Série: 3ª B

Diego Reis disse...

Obs: Correção da frase escrina no comentário acima.
Vamos sofrer sérias consequências.
Diego Reis
Série: 3ª B

Diego Reis disse...

rsrsrsrs Mais uma palavra escrita errado rsrsr (escrina*) o correto é escrita rsrsrs Desculpa.
Diego Reis.
Série:3ª B